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POEMAS PUBLICADOS EM LIVRO

Estes poemas estão publicados em antologias, conjuntamente com outros poetas e por diversas editoras.

Aqui estão apresentados apenas alguns dos poemas publicados e sempre de forma cronólogica.

Arde-me

 

Quero-te!

Aqui e agora te quero!

O meu vestido cor de desejo despe-se para ti.

Mas o desejo ardente, esse, fica-me colado à pele.

Não controlo esta vontade incessante de te querer.

Sem medos, sem preconceitos, sem pudor.

Quero-te para mim, agora, já!

O amanhã não importa agora.

Sei que amanhã também te vou querer!

                                                                        

Noka

Não espero mais por ti.

 

Não espero mais por ti.

Reflectiste-me a tua ardente luz

Ateaste-me o fogo da paixão

Que em ti, depressa se apagou.


Transfiguraste-me…

…as cores rubras, quentes e vivas,

passaram a cinza escura e sofrida.

Ardo agora branda e calmamente

Como uma brasa fortemente esmorecida

Que definha a cada falta do teu ar.

Não espero mais por ti.

 

Sou eu agora que digo

Abandono-te…neste adeus desiludido

 

Noka

Trago a chama das letras na ponta dos dedos

 

Trago a chama das letras na ponta dos dedos

Que os queima se eu não escrever

O meu pensamento conduz a caneta

E as letras escrevem-se sem eu querer.

 

Trago a chama das letras na ponta dos dedos

Alimentada por comigos de mim

E de outros que porém comigo

Me sustentam num caminho sem fim.

 

Trago a chama das letras na ponta dos dedos

Que anseiam ser desenhadas

Como se fossem os mais singelos traços

E estando escritas, estão coroadas.  

                                                                        

Noka

Tu és tu

 

Tu és tu, porque

Cada traço do teu rosto

te caracteriza.

Cada ruga enrugada

te define.

Cada palavra tua

te interpreta

Só tu, podes ser tu!

 

Noka

                                                           

Temporal da tua ausência

 

Os teus olhos evocam, o que o teu silêncio ecoa.

Os teus braços bramem, o que me ocultas.

Acorres a mim com a tua ausência

E minh’alma escurece vazia de ti

 

O temporal aproxima-se no teu eclipse

Sinto o detonar de cada relâmpago

Que me atordoa a cada passo da tua distância

 

E tu!? Tu gritas nesse teu silêncio,

Mais ensurdecedor, que o terramoto de viver sem ti,
que o tufão das tuas faltas
e que a tempestade da tua saudade.

 

E deixas-me devastada, neste vendaval

que é…o temporal da tua ausência!

 

Noka

Marca

Nascemos, vivemos e morremos.
Apenas ladeados de momentos.

De alegria, de tristeza
de orgulho, de gratidão
de desespero, de entusiasmo
de luz e de escuridão.

Vivê-los torna-nos humanos.
Humanos com sentimentos.
Humanos com grandeza de alma.

Por isso cunha a tua vida, com a marca do amor.
Marca-a com a estampa da amizade e
estampilha a desdita com a vontade de ser feliz.

Acredita sempre que a tua marca perdurará.
Na lembrança daqueles que verdadeiramente amaste.

 

Noka

CONFISSÃO

 

 

Não me vendas a mordaça

Quero abrir a boca e falar

À medida que o tempo passa

O segredo começa a delatar.

 

Por algum tempo o guardei

Na gaveta do meu pensamento

Mas agora o silêncio irrompido

Mostrou o grito que trago por dentro.

 

Sei que fui tua partilha

Teu porto de abrigo também

Confiaste-me a tua vida

Não foste o único, porém.

 

Também a minha me confio

E não me quero atraiçoar

Estarei agora decidida

A este segredo revelar.

 

Guardiã de um segredo

E de muitos ensejos sofridos

Eu almejei sempre

Ter-te comigo nos meus comigos.

 

Aditada a uma ternura

Que ficará para sempre

A verdade impede este amor

Para além da nossa mente.

 

Não trago em mim a culpa

E não mereço castigo

Ninguém sofreu por nós

Em cada instante vivido.

 

Tenho certezas confusas

Que de anacrónica me acusarás

Mas a minha alma sentida

Sossega agora ao deixar-te para trás.

 

Neste mundo mundano

De reservas contrafeitas

Cada ser é o impropério

De perfeições completamente desfeitas.

 

Ficas agora a saber

Que o futuro da minha amizade

Te digo, seria muito mais

Bastava-me ter a tua idade.

 

Este foi o grito sentido

Na verdade do meu tormento

Sou agora pedaços por fora

E espaços de ti por dentro.

 

Amor de probabilidades

É sempre possível viver

Mas este, não quero e não posso

Não sou assim, não faz parte do meu ser.

 

Noka

Premonições

 

 

Presságios da alma que comportam meu corpo

Despido do calor do teu abraço

Transparecido pela carência dos teus beijos

Embevecido à solidão do teu espaço.

 

Pressinto que mesmo ausente me pertences

A cada recanto vazio por ti deixado

Sinto que a tua alma me acompanha

Onde perduras, ali, sempre a meu lado.

 

 

Embarcaste numa viagem sem volta.

Caminhaste para longe de mim.

Voltarás num ápice apressado, sinto que é profecia, sim.

 

 

Na noite, vens e envolves-me no teu colo

Abraças-me e devolves-me o sono

Embalas-me ao som de suaves trovas

Mas deixas-me adormecer ao abandono.

 

Auguro a tua companhia, nas frias madrugadas

E sinto que voltarás a adormecer-me em ti

Anseio o reencontro num breve vaticínio

E não sou eu que vou, és tu que estarás aqui.

 

 

Embarcaste numa viagem sem volta.

Caminhaste para longe de mim.

Voltarás num ápice apressado, sinto que é profecia, sim.

 

 

Ressuscitarás das trevas para onde te levaram

Voltarás ao carinho da minha saudade

Aos braços da minha ternura

Ao cego amor da nossa eternidade.

 

Trago tristes certezas incertas

De que aqui ainda viva estou

Pressagiando que vivas comigo

É manter erguida a vida, que um dia desmoronou.

 

 

Embarcaste numa viagem sem volta.

Caminhaste para longe de mim.

Voltarás num ápice apressado, sinto que é profecia, sim.

 

 

Reconstruo o muro demolido da vida

Faminta do alimento da tua amada alma

Procuro-te no calor de cada corpo vivido

Encontro um prazer desnudo, sem vivalma.

 

Vislumbro-te desenhado no alto do luar

Reconheço a tua força e a tua feição em cada traço

Gozo agora de certezas verdadeiras e concisas

Que terei de volta o teu beijo e o teu abraço.

 

 

Era uma viagem sem volta, mas regressaste a mim.

Confirmo-te, és tu, eu sabia!

Sabia que era uma premunição, sim!

 

Noka

O livro

 

Não sei se és tu que entras em mim

ou se sou eu que te penetro.
Sei que cada palavra tua reflecte na minha alma
a história que me queres contar.
Ou talvez seja aquela que eu quero ler.

Tu serás sempre o favorito.
Com um lugar muito especial nas minhas memórias,
porque a cada página que leio,
sinto-te como se fossemos apenas um. 

 

Noka

Tu és diferente, és singular!

Eu sou de sentimentos puros e intuições genuínas.
De qualidades perfeitas e defeitos imperfeitos.
Tenho lágrimas cristalinas e sorrisos quentes e alegres.

Também tu és, não duvides, todos somos.

Cada sentimento é vivido com a intensidade que lhe dás.
A tua intuição pode ser diferente da minha, mas é tua.
As tuas lágrimas podem não ser translúcidas, mas são autênticas.
O teu sorriso, mesmo sombreado que seja, transparece a tua luz.
Tens qualidades e defeitos que tropeçam em imperfeições perfeitas.

Seres assim faz de ti diferente de mim. E é assim que tu és tu!

 

Noka

Sinto-me só sem ti

 

Sinto-me só sem ti
Sem ti, sinto-me só
Incompleta
Imperfeita
Infausta
Silenciosa
Apagada
Sem ti, sinto-me só
Sinto-me só, sem ti!

 

Noka

AmoTe

 

AmoTe pelo jeito afoitado de me olhares, como se eu fosse a única gota de água existente no teu céu.

Aquela gota que cai na terra e que dá vida à vida. É esse o olhar que vejo, quando olhas para mim.

 

AmoTe pela forma como dizes as palavras . Como pétalas de diversas flores e cores se misturassem e aromatizassem  a melodia do timbre da tua voz.  Palavras que me beijam a cada dia.

 

AmoTe quando me tocas doce e suavemente, como se eu fosse pura seda. Aquela que se entrelaça nos dedos e no corpo. É a minha seda que te veste e os dois fazemos um só.

 

AmoTe

e por isso não posso separar este caloroso verbo do sujeito da minha vida, que és tu!

 

Noka

Prazer efémero

 

Beijas-me como se não houvesse amanhã

Despes-me de mim e tua sou a cada manhã

Em cada dia que és meu também.

 

Percorres-me saboreando cada recanto

Sinto o cravar do teu corpo no meu.

 

Eu não fujo, quero ser conquistada

Por ti e pelo voraz desejo de ser amada.

 

Entrelaça os teus dedos nos meus

Quero sentir a ardência do teu corpo.

 

Soam os bramidos descontraídos

Alheados de preconceitos e juízos

As nossas escaldantes peles buscam arrefecer

Pelas gotas salgadas e transpiradas de prazer.

 

Os estremecimentos fugazes libertados

São finalmente reflectidos e manifestados

Por dois amantes do amor e do prazer.

 

 

Noka

Por amor à vida!

 

O sol nasce e irradia os meus olhos

Reflecte em mim o arco-íris do universo.

A árvore cresce e acolhe-me em seus galhos

Sustenta um respirar em mim imerso

 

A chuva acompanha a cruel humidade

Alimentando esta terra que nos mantém.

Como se estendesse por toda a humanidade

E a regasse tudo o que contém.

 

A neve flutua em mantos celestes

Renascendo em nós o sonho da infância.

Por atalhos tortuosos e agrestes

Encurtamos toda esta nossa distância

 

O relâmpago estremece os montes e vales

Onde renascem riachos que caminham até ao rio.

E por isso digo…por amor à vida eu vivo!

 

O tufão apaga a tela da nossa vida

E por amor, voltamos a pintá-la!

E é por esse amor, que voltamos a amá-la!

 

Noka

Bombom

 

 

Tenho em mim recheio de sentimentos

Com coberturas de constante razão

Preenchimentos de sabores variados

Gozo de alguns favoritos

Mas de nenhum consigo abrir mão.

 

Paladares doces ou adocicados

De travo brando ou de pez

De prazos por vezes ultrapassados

Tornam-se anatematizados

Temperados de certa acidez.

 

Com validade ainda dentro do tom

De degustação espontaneamente provocante

Tenho comigo um delicioso bombom

Voluptuoso…crocante som

Ternamente doce e de travo marcante.

 

Exclusivamente singular

Seccionei este sem cobertura

De edição limitada e jamais a reeditar

Não é de provar…é um manjar

É um bombom de amor e sem agrura!

 

Noka

Tela de Ondas

 

És a tela viva

Onde podemos pintar

Com o nosso intenso olhar

Reflexos de cor, em alegria e dor!

Onde espelhamos pensamentos

Comparências

Ausências

E entendimentos

Em ti cabem todos os sentimentos

Que trazemos connosco para te matizar!

 

Se queremos uma aguarela colorida

Olhamos para ti

Em tom de harmonioso dia

Clarões constantes e brilhantes

De ondas cor do sol

Pela manhã amareladas

À tarde alaranjadas

És a tela do nosso gáudio e alegria

 

Se a pintura for acrílico mate

Embaciada pela tristeza que transportamos

Tu dar-nos-ás a serenidade que precisamos

E ali vislumbramos uma reflexão

De lua nova, mas cheia de expressão

Em todo o seu resplandecente brilhar

E assim se mostra a prova

Que tu, mar, és a viva tela

Onde a nossa alma podemos pintar!

 

Noka

O Poema Original

 

Nativo do poeta é o poema

Que em si nasce a cada letra

Nascido e crescido se faz

Oriundo da ponta da caneta

Sentindo a cada verso

Um filho de um mar imenso

E contra tempestades e marés

Faz nascê-lo em casco de navio.

Nativo do poeta é o poema

Naufragado e com a alma em desvario.

 

Nativo do poeta é o poema

Que nasce em parte incerta

A cada canto do mundo

A poesia torna uma mente aberta

Alimenta fomes vorazes

Dom que o poeta tem sem saber

Não há renúncia que o negue

Ou pecado de gula em escrever.

Nativo do poeta é o poema

Repasto de quem o colher.

 

Nativo do poeta é o poema

Compreendido ou adulterado

Interpretado à maledicência

Outras vezes acarinhado

Entende o poeta que escreve

E faz perceber quem o lê

Que o mundo pode ser redondo

É com essa forma que ele o vê.

Nativo do poeta é o poema

Que quando escreve, antevê.

 

Nativo do poeta é o poema

Que traz consigo a chama eloquente

Da letra, da palavra e do verso

Com quem vive intensamente.

 

Veste as palavras nuas

Com o tecido do seu pensar

Em poesia é estilista

E a moda define o seu olhar.

 

Noka

Vaidade

 

Sonho que sou aquela, a escolhida,

Poetisa brilhante em diamante lapidado,

Nascem de mim poemas perfeitos da vida,

E desta minha poesia farei farto fado!

 

Sonho que encanto e regalo com primor

Aqueles que recebem esta minha herança

Mesmo as almas que suspiram grande dor

Recebem meus versos, como deliciosa esperança!

 

E assim sonho que sou plena de domínios

Soberana de saberes e de fascínios

Estrela rainha para além de qualquer constelação!

 

Além do que já sonho, vou sonhando mais alto

Acordo desta fantasia, desço do palco e salto

Para onde sou mais uma, no meio da multidão!

 

Noka

 

 

Isto

 

Se isto é fingimento

Perfeita é a minha imaginação

Escrevo tal como sinto

Aquém do meu coração

E a parco par da emoção.

 

Sonhos e comigos de mim enleados

Declinam na tinta da caneta

Pedaços de vida escassos

Falhas na alma do poeta

Embalados ao som da sineta

 

Se sinto fingir verdades

Escritas para serem lidas

Por olhos de outras realidades

De certas almas vividas

Que leiam. E entendam como são sentidas!

 

 Noka

 

 

Cartas de amor

 

Vocábulos desenhados

Emergem de dedos que anseiam abraçar

Substantivos proclamados

Verbos e adjectivos traçados

Característicos do desejo de ter e beijar.

 

Cegos actos de pensar

Ingenuamente cristalinos

Longe de instintos felinos

Vertidos à razão de imaginar

Querem amar! Além do simples cogitar!

 

Noka

 

Se me pudesse reescrever

 

Se me pudesse reescrever

Todos os capítulos quereria ter.

Não mudava vocábulos

Não separava palavras

Pontuação assertiva e sustentada

Por todas as vivências

Em mim edificadas.

Conservava suspiros

Aguentava lágrimas

Segurava risadas.

 

Se me pudesse reescrever

Até os erros voltaria a ler.

Com tudo aprendi

Reflecti e escrevi

As páginas que hoje sou

Onde estou e para onde vou

É assim que quero ser

E é um querer de viver!

 

Noka

 

 

Palavras Nossas

 

As tuas palavras são acordes

Doces, meigos

Astutos e esperançosos

Que me fazem navegar

Ao sabor de um sonho delicado

Vento quente e matizado

Como brisa que corre no mar.

 

Cada letra minha

Faz uma palavra tua

Juntas compõem os versos

Do poema que me escreves.

Como se fosse uma trova,

Uma cantiga

A nossa canção.

Momentos eternos de inata ternura

Que manifestamos e queremos

Guardar naquele lugar que concebemos

Nesse, que chamamos alma do coração.

 

Noka

In Vs

 

Somos feitos de impetuosas emoções
Contraditórias em palavras, actos e acções
Barreiras indecifráveis existem entre si
Basta um instante e daqui passamos para ali.

Afeição ou Aversão
Carinho ou Indiferença
Coragem ou Consternação
Dedicação ou Displicência.
Deleite ou Dor
Bendizer ou Maledicência
Amor ou Rancor
Fraqueza ou Resiliência.

Doces ou Amargos
Radiosos ou Obscuros
São sentimentos imanados
Intrínsecos e capitais
Ludibriados iludem ademais
Almas de alentos concentrados
Submergidas a gestos confusos
Turvam, alucinam e são difusos.
                                  
Noka

 

 

Lagoa de Óbidos...


Tranquila, serena e plácida
Assim és quando olhamos tua grandeza
Também sofres os ciclos das marés

És rica e tens peculiar beleza.


Comportas força entre as margens

Onde podemos navegar

Desfrutar de dunas e lindas paisagens

Quer ao sol, quer ao luar.
 

Estamos a um passo de te ter

Usufruir de tua bela natureza

És grandiosa lagoa

És nossa, és Portuguesa.

 

 

Noka

Meu Mar...

 

Como posso sentir saudade

Sem nunca teres sido meu

E certa que nunca serás

Latitudes e longitudes deste mundo.

 

Contemplar-te mata toda a saudade

Sempre que me afasto de ti

Sim, sou eu que me afasto

Tu és indubitavelmente perene

Sei sempre onde te encontrar.

 

Bravo te mostras

Salgadamente doce te manifestas

E sempre que te atravesso

Deixas-me a marca do teu sal e da tua força

Que guardo como se fosses só meu.

 

Mas a tua imensidão

Não permite ter-te apenas para mim

Até ao sol e à lua

Apenas permites reflectir as suas cores

Simplesmente à tua superficie...

 

És imbatível

Impenetrável

Invencível

Mas infinitamente belo...

 

Cúmplice dessa magnificência bela serei

Porque tu és soberano!

Uma força da natureza!

Tu, meu mar!
                 

                 
Noka

 

 

Marés da vida!

 

Rodeados de neblinas cerradas

Sem sol que apazigúe a agitação

Vivemos alguns dias de luzes apagadas

Sem pavio em velas queimadas

Como noites de completa escuridão.

 

Carregamos atitudes fechadas

Alheadas de alheia ponderação

Impressões e decisões forçadas

Que carecem ser rasgadas

Para ganharem nova dimensão.

 

E enxergamos agora névoas aladas

Clareadas pelo sol da intenção

Vontades voluntárias bafejadas

Do mar de sensações brotadas

Manifestam sentimento de devoção.

 

Emergentes emoções e razões escolhidas

Como marés diversas e distinguidas

No mar e na vida…antagónicas, mas precisas.


Flutuamos num mar de emoções
Vagueamos a par das ondas
Vivemos sujeitos a razões…


©Noka

 

Não invento as palavras...apenas as aconchego à minha maneira!

 

 

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